MUNDO LEMBRA 50 ANOS DA MORTE DE MARTIN LUTTER KING

Há exatos 50 anos, no dia 4 de abril de 1968, um dos maiores defensores da liberdade e da luta contra o racismo, Martin Luther King, era assassinado na cidade de Memphis, nos Estados Unidos. Como diz um verso da canção Pride (In the Name of Love), da banda irlandesa U2, composta em homenagem a King, “Eles tiraram sua vida. Não puderam tirar seu orgulho”. Passado meio século, a ideologia pacifista do líder religioso permanece viva e como constante referência aos que lutam pela paz e por um mundo mais justo, com menos preconceito, discriminação, ódio e violência.

Martin Luther King Jr. nasceu em Atlanta, em 1929. Pastor protestante batista e advogado, trabalhou fortemente como militante político. Em 1955, liderou o boicote aos ônibus de Montgomery, no estado do Alabama. O protesto aconteceu após a prisão da secretária Rosa Parks, que se recusou a ceder seu assento no ônibus a um branco, segregação prevista legalmente. O boicote durou quase um ano e causou enormes prejuízos às empresas de transporte coletivo da cidade.

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Em 1957, Martin Luther King ajudou a fundar a Conferência da Liderança Cristã do Sul (SCLC), instituição da qual foi o primeiro presidente. O reverendo também esteve á frente da Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade. A manifestação reuniu mais de 250 mil pessoas na capital dos Estados Unidos, em 28 de agosto de 1963. O protesto reivindicava o fim da segregação racial e justiça social para os negros. Na ocasião, Martin realizou o seu histórico discurso I Have a Dream (Eu Tenho um Sonho).

Toda essa intensa atividade em favor da paz, da igualdade racial e da justiça social renderam a Martin Luther King reconhecimento mundial. No dia 14 de outubro de 1964, ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz, pelo combate à desigualdade racial por meio da não violência. A partir daí, King ampliou seu território de ação, realizando discursos contra a Guerra do Vietnã e pelo combate à pobreza.

Martin Luther King Jr.

Martin Luther King teve uma vida intensa, porém curta. Morreu antes de completar 40 anos, assassinado por James Earl Ray, um presidiário fugitivo. O crime ocorreu na cidade de Memphis, no Tenessee. Como Gandhi, um mártir do pacifismo, o pastor ganhou outros reconhecimentos em memória. No ano de 1977, lhe foi concedida a Medalha Presidencial da Liberdade, concedida pelo governo de seu país. Em 2004, veio outra homenagem póstuma, com o recebimento da Medalha de Ouro do Congresso americano.

Nos Estados Unidos, toda terceira segunda-feira do mês de janeiro, celebra-se o Dia de Martin Luther King. Em 2018, o feriado, previsto para ocorrer próximo à data de nascimento do ativista, de fato coincidiu com o dia do aniversário. Trata-se de um dos três feriados nacionais norte-americanos dedicados a uma pessoa.

No mundo inteiro, estão sendo lembrados os 50 anos da morte de Martin Luther King. Afinal, a exemplo de grandes líderes que defenderam a igualdade e a democracia, seus ensinamentos ultrapassam quaisquer fronteiras. E seus ideais certamente continuarão vivos por muito tempo.

 

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