Cinema brasileiro enlutado, morre Nelson Pereira dos Santos, diretor de ‘Rio, 40 Graus’ e ‘Vidas Secas’

Morreu neste sábado (21), aos 89 anos, o cineasta Nelson Pereira dos Santos, um dos precursores do cinema novo e diretor de filmes centrais da história brasileira, como “Rio, 40 Graus” (1955) e “Vidas Secas” (1963).

Sua morte foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras, que informou que o cineasta estava internado no Hospital Samaritano, no Rio. Durante a internação, para tratar de uma pneumonia, o cineasta foi diagnosticado com um tumor no fígado. Ele deixa a mulher, quatro filhos e cinco netos.

Nelson Pereira dos Santos nasceu em São Paulo, no bairro do Brás, filho do alfaiate Antônio Pereira dos Santos (1897-1970) e de Angelina Binari dos Santos (1900-1992). O pai, cinéfilo, tinha o hábito de levar o filho com frequência ao Cine Teatro Colombo, onde por vezes passavam toda a tarde de domingo assistindo aos filmes que eram apresentados.

A entrada para a Academia Brasileira de Letras, em 2006, associou a Nelson Pereira dos Santos, em definitivo, a imagem de “pai do cinema brasileiro” (que herdara do pioneiro Humberto Mauro).

Talvez a entrada para a ABL tenha significado menos para o cineasta (que só chegou lá graças à publicação de alguns roteiros de sua autoria, pois nunca se teve na conta de escritor) do que para o cinema brasileiro, que sempre viveu à margem da cultura oficial do país (e, em seus melhores momentos, contra ela) e viu-se com isso integrado a ela.

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