Câmara de São Luís, se apequena no verbo e se agiganta na verba

A composição da Câmara Municipal de São Luís, que já é de longe, uma das piores da história daquela casa, está prestes a sumir, atrás de sua própria falta de credibilidade moral e laboral para com a sociedade. 

Lembro-me que, há não muito tempo, o então jornalista investigativo, Marcial Lima, fazia duras críticas aos vereadores, cobrando atitudes e postura, sobretudo àqueles que se diziam de oposição, sucumbiu aos interesses pessoais que fizeram silenciar sua voz, para muitos, um soar de esperança.

Há  poucos dias, vimos os vereadores Beto Castro e Honorato Fernandes, em plena sessão, naquela casa onde já se ouviu Juarez Medeiros, Lia Varela, Ananias Neto, Alcionor Salgado, Luiz Rocha, mais recentemente  Tadeu Palácio, Fabio Câmara, entre outros… trocarem insultos difamatórios, acerca de temas de total desinteresse da população, que só não foram mais desagradáveis porque traziam muita verdade em sua essência. De camarote, do alto de sua soberba, o presidente daquela sessão, assistia a tudo sem a mínima reação, sem cortar o áudio ou mesmo, em respeito ao público, encerrar temporariamente a sessão, até que acalmassem os ânimos dos meninos revoltados. Ou seja, numa posição confortável de pra quem quanto pior melhor. Depois, pra sair de bom samaritano, o presidente da câmara, deu o tradicional puxão de orelhas e obrigou os vereadores a se desculparem, como se nada houvesse acontecido. 

E assim vai se desenhando o perfil de uma câmara, onde vereadores se contentam com o pouco, porque nada fazem e o presidente da casa, a cada dia, vai se fortalecendo, ficando sempre com a palavra final em todas as decisões, fazendo uso e desuso do dinheiro público, pois não tem quem o conteste ou fiscalize, na certeza da impunidade e de que ali, naquele “plenário” a verba fala mais alto que o verbo.